Fui leito de rios
E rir não consegui.
Fui escravo de sorrisos
E sorrir não pude.
Fui braço direito
E o esquerdo perdi.
Fui mais que perfeito;
Que o futuro mude.
Fui tudo aquilo que não foste para mim
E estou aqui.
Fui a água que bebeste na secura da aflição
E sobrevivi.
Fui consolo quando choraste em segredo
E eu bem vi
Quando o espelho das tuas lágrimas
Só te reflectia a ti.
Fui tudo e sobretudo fui eu que consegui
Que tudo aquilo que tinha se tornasse o que perdi
Quando o som do meu secreto meditar
Se perdeu por entre a tua súplica vulgar.
(Poema contido na obra Detrás da Sombra)
Há 17 horas
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