Noites que não dormem,
Dúvidas que não morrem
E a ansiedade crescente
Por um amanhecer que se distancia
E com ele te arrasta
No seu vagar sabático...
No seu esperar errático.
Temores que não falam,
Segredos que não calam.
E o canto sibilado,
Por entre as silvas do campo,
De um vento que te avilta
Com o seu sopro dramático
Sobre o teu corpo estático.
Marés negras de aflição;
A ti pertence a solidão
E a mágoa dissimulada,
Apesar da alva que não tarda,
Pela chama da tua voz,
No seu furor enfático,
Pelo seu fado catártico.
Amor desabrochando em flor,
Espinhosa como a tua dor.
Insuficiente para deter
A incerteza do teu olhar
Que vagueia na noite e se perde
No negrume anárquico...
No teu meditar selvático.
(Poema contido na obra Detrás da Sombra)
Há 20 horas
Um comentário:
Ora portanto..
*.* .
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