Olímpica maré,
Inunda a fonte do teu degredo,
Inibe a luz do teu medo,
Também meu em segredo;
Erode a terra que te sugou,
Comanda a Lua que te humilhou,
Mesmo quando se apagou;
Rasga o esboço do Iluminador,
Ondula nos escombros do furor,
Do teu insensível despudor;
Afunda aqueles que te pisam,
Destrói os ventos que te assobiam,
As fronteiras que te limitam;
Esquece o solo, pois és mar;
Entre Zeus e Deus, és ímpar,
Maré luzente ao luar;
De poderosa força é o teu mal,
O teu inquieto brilho é fatal;
Serás tu, maré, real?
(Poema contido na obra Detrás da Sombra)
Há 17 horas
2 comentários:
está muito agradável este, assim um bocado virado pó Fantástico.
Um dos meus preferidos.
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