Um sentimento carnal,
De medo ou fachada.
Mal amada morte que espera por mim.
Um arrepio banal,
Ou ilusão plantada.
Inculcada dúvida pelo porvir.
Um gesto que sorri,
Uma mão fechada.
Passadas que violam o solo do qual vim.
Um olhar em falso,
Um toque de fracasso.
Corpo contra a mente, luta sem fim.
Um braço erguido,
Cinco dedos vibrantes.
Um punhal sedento do coração de Caim.
Um penetrar falhado,
Um pavor inesperado.
Misericórdia de um deus que esqueci?
Um anoitecer já ido,
Um ensolarar destemido,
Perdido punhal num abismo que não vi.
Um semblante lacrimejado,
Espírito que amanheceu chocado,
Suicidado o desejo de se matar, a si.
(Poema contido na obra Detrás da Sombra)
Há 17 horas
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