Pedaços de maré lavam os meus pés,
Lágrimas do céu escorrem em mim,
Mas não te sinto aqui.
O sopro da ventania me arrasta,
A areia mais que corta, desgasta,
Mas não te sinto aqui.
A tempestade cresce em esplendor,
Negra a noite, negro seu vigor,
Mas não te sinto aqui.
O trovão dá luz ao meu pecado,
O seu som é o meu grito abafado,
Mas não te sinto aqui.
A espera já não tem compasso,
A circunferência é o meu laço,
Mas não te sinto aqui.
O som do silêncio ensurdece,
A noite se prolonga, e arrefece
... Porque tu não estás aqui.
(Poema contido na obra Detrás da Sombra)
Há 17 horas
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